×
EmSem categoria
A vida desse homem exótico, um dos maiores pintores
primitivistas do Brasil, forma um roteiro de mirabolantes aventuras. Os que o
conheceram de perto, contam coisas incríveis sobre sua arte e suas façanhas,
uma mistura de talento e loucura, acomodados na carcaça cabocla de Francisco
Domingos da Silva, morador do Pirambu, nascido em 1910, no Acre, artista
criativo e presepeiro maior dessa capitania do Siará Grande.
chico+drag%25C3%25B5es Chico da Silva, Rei das Artes, da Cachaça e dos Dragões

Chegou ao Ceará com 6 anos. Morou em Quixadá e Guaramiranga
antes de conquistar Fortaleza, onde exerceu diversos ofícios, todos ligados a
trabalhos manuais. Foi fazedor de tamancos, barbeiro, consertador de panelas e
guarda-chuvas, amolador de facas e tesouras, funileiro, e pintor de paredes. Neste
último ofício, começou a descobrir sua arte, desenhando em muros, inventando
pássaros, peixes, galos irados e dragões esquisitos. Misturava na mesma figura
bichos alados e quadrúpedes, numa reprodução intuitiva da evolução das
espécies. Os peixes viravam pássaros e estes viravam dragões escamosos, com
garras ameaçadoras.
chico+da+silva+o+povo Chico da Silva, Rei das Artes, da Cachaça e dos Dragões

Quando a ânsia criativa brotava, pegava carvão ou
pedaços de telha vermelha e gesso e enchia todas as calçadas e muros que
encontrasse pela frente, tendo, às vezes, que responder aos proprietários
irritados pelas “malfeitorias”.

Em 1943 um pintor suíço que visitava Fortaleza, Jean
Pierre Chabloz, viu em muros e calçadas da Praia Formosa os desenhos de Chico e
ficou maravilhado. Interessou-se por conhecer o autor dos desenhos. – é um
índio – disseram os pescadores – quem anda fazendo essa esculhambação nas
paredes dos outros. Nossos filhos não têm nada a ver com isso. É coisa de
criança, mas quem faz é um cabocão que mora por aqui”.

Chico foi localizado e logo pensou que Chabloz fosse
um fiscal da prefeitura ou algum proprietário de muro rabiscado. Quando já achava
que seria preso, recebeu os parabéns do visitante e uma proposta tentadora.
Receberia tintas e cartolinas para realizar uma série de pinturas. As que
ficassem boas seriam adquiridas e pagas imediatamente. Estava começando a
acidentada e esfuziante carreira artística de Chico da Silva.

Em 1944 participa do III Salão Cearense de Pintura. A
partir de 1945, levado pelas mãos do seu descobridor, ganha o Brasil e o mundo.
Expõe no Rio de Janeiro, conseguindo os primeiros comentários favoráveis da
crítica. Chabloz leva os trabalhos do Chico da Silva para a Europa, e os
cadernos de arte europeus comentavam sobre o índio brasileiro que estava
reinventando a pintura. Enquanto isso, sem incentivo em Fortaleza, Chico
voltava ao seu antigo ofício de fazedor de fogareiros e lamparinas de latas de
flandres no Pirambu.

chico_Jean-Pierre_Chabloz Chico da Silva, Rei das Artes, da Cachaça e dos Dragões
chico+chabloz Chico da Silva, Rei das Artes, da Cachaça e dos Dragões
Jean Pierre Chabloz e sua pintura exposta no MAUC
Só quando Chabloz volta a Fortaleza, em 1959, e o
reencontra, Chico retoma sua arte. Por interferência do suíço, é contratado
pelo Museu da Universidade Federal do Ceará (MAUC), passando a pintar em suas
dependências. Depois sai da Universidade, onde se sentia bitolado, pois não
podia beber suas cachaças nem fazer suas presepadas. Entretanto, consegue novos
clientes. Vende quadros à sociedade local e consegue expor numa galeria
carioca.

A fama de Chico corre mundo. Vem pedidos de toda parte,
os turistas não deixam de levar uma obra do índio. Mas como produzir tantas
telas para suprir essa grande procura? Só se trabalhasse dia e noite. Teve uma
ideia. Pegaria uns meninos ali mesmo do Pirambu para lhe ajudar. Procurou saber
quem, no bairro, levava jeito para a pintura. Logo arranjou um time razoável de
aprendizes para a produção em série que pretendia iniciar.

Com ligeiras instruções, Babá, Claudionor, Garcia e
Ivan de Assis, puseram-se a pintar galos, peixes e monstros de Chico da Silva.
Agora, Chico, um sujeito famoso, tinha tempo para beber e raparigar à vontade.
Seu único trabalho era assinar os quadros. O negócio era tão rápido que teve
que funcionar por setores: enquanto um riscava os desenhos, o outro ia botando
as cores e um terceiro tracejava as escamas, as penas e fazia os pontilhados.
Quando Chico ia assinar, dava uma “guaribada” e pronto: mais uma obra pronta
para o consumo.

Havia esperteza na cabeça do pintor, posto que ele não
queria que soubessem da existência da oficina. Na chegada dos clientes, os
auxiliares eram obrigados a fugir saltando a cerca do fundo do quintal da residência
de Chico. Mas, um dia, o marchand Henrique Blun, chegando de surpresa ao
Pirambu, encontrou o Chico, bêbado, capotado, enquanto Babá pintava seus
quadros. Ao invés de denunciar a maracutaia, Blun se aproveita da situação,
levando o falsificador para trabalhar em sua casa, por onde passava o Chico, de
vez em quando, para assinar as telas, autenticando-as.

Essas telas pintadas por Babá foram expostas na Petiti
Galeria, no Rio de Janeiro, em 1966. Chateada por ver seu homem se envolvendo
com outras mulheres, dona Dalva da Silva, mulher do Chico, denuncia nos jornais
que as telas da exposição são falsas. Houve um grande barulho na imprensa, mas
o pintor negou as declarações da esposa e reafirmou que os trabalhos eram de
sua autoria. E ficou tudo por isso mesmo.

chico-da-silva-naif Chico da Silva, Rei das Artes, da Cachaça e dos Dragões

Chico viaja para a Europa, em companhia de Clarival do
Prado Valladares e participa da Bienal de Veneza em 1966. Em seguida, participa
de mostras na França e na Espanha. Quando retorna, demora-se no Rio de Janeiro,
farreando nos cabarés da Lapa e nos inferninhos da Cinelândia, até gastar todo
o dinheiro que ganhara. De volta à Fortaleza, Chico se vangloria de suas
façanhas, diz que foi recebido no Palácio pela Rainha Elizabeth da Inglaterra, e
na sede do governo da França pelo próprio Charles De Gaulle. Toda artista ou
mulher famosa e bonita que aparece nas revistas, ele diz que namorou.

Os marchands, com a conivência do pintor, contratam os
falsificadores de sua oficina e montam várias “fábricas de Chicos da Silva”,
ele só participa com a assinatura, acrescida agora da digital e uma foto ao
lado do quadro para simular autenticidade. Em sua casa Chico ainda mantém sua
oficina, agora com a participação de seus filhos Francisca e Roberto, e ainda
Gilberto, Manuel Lima, Caínha, Carabina e Maria Augusta, entre outros.

Em 1969, Maria Augusta, então com 15 anos, ao ser
posta para fora da casa de Chico pela ciumenta dona Dalva, vai aos jornais e
denuncia mais uma vez a falsificação. A notícia é estampada na imprensa
nacional. A revista O Cruzeiro conta toda a história, com detalhes. Agora,
ninguém sabe mais se o quadro que tem na parede é um Chico da Silva legítimo ou
uma falsificação. Aí caem as vendas e a decadência começa. Desmoralizado, Chico
se entrega com afinco à bebida, sem intervalos. Talvez, acometido de delirius
tremens
, diz que os dragões que ele pintou estão saindo das telas para lhe
atacar.

Por volta de 1972 saiu um comentário num jornal
francês sobre o mais famoso morador do Pirambu. E o articulista lamentava que
as autoridades brasileiras tivessem abandonado um dos maiores artistas
primitivistas do mundo, deixando-o morrer à mingua, como um pária. A repercussão
do estado de decadência de Chico da Silva mexeu com os brios do governador
César Cals que, convocando um grupo de senhoras ligadas às artes plásticas,
mandou procurar a família do pintor, e ver o que poderia ser feito.

O grupo de senhoras encontrou Chico da Silva em estado
deplorável. Sua mulher, Dalva, informou que ele havia se entregado de vez ao
alcoolismo e já estavam passando por sérias dificuldades. A ajuda mais imediata
seria arranjar dinheiro.

Pensaram, então, numa exposição. Chico da Silva
identificaria os quadros verdadeiramente seus, e seria feita uma vernissage num
clube da Aldeota. Ouvindo a conversa, Chico levantou da rede e veio participar.
Topava a ideia da exposição, mas tinha umas exigências. Queria um paletó
branco, uma gravata encarnada e um par de sapatos também branco.

chico+pirambu Chico da Silva, Rei das Artes, da Cachaça e dos Dragões
rua do Pirambu (2010)

Saíram pelo bairro procurando nas bodegas os quadros
que ele trocara por cachaça. O trabalho foi exaustivo, mas proveitoso: 28 telas
foram recuperadas, com outras que o Chico se dispunha a pintar, dentro de uns
dias tudo estaria pronto.

Tudo foi acertado e providenciado, convites, cobertura
da imprensa, instalações. Na véspera, a badalada exposição já estava devidamente
instalada no clube mais elegante de Fortaleza. A festa deveria começar às 20 horas.

Na manhã do grande dia as organizadoras foram à casa
do Chico. Eram nove horas da manhã e o índio já havia saído. Dona Dalva
informou que ele fora à alfaiataria do Girão para apanhar o traje. Correram para
lá. Nada de Chico: já pegara a roupa e se mandara, ninguém sabia para onde.

chico+praia+do+pirambu Chico da Silva, Rei das Artes, da Cachaça e dos Dragões
Praia do Pirambu (imagem IBGE)

Voltaram ao Pirambu, falaram para dona Dalva que, sem
o Chico, ela iria representar a família na cerimônia de abertura da exposição. À
noite, maquiada e de vestido longo – numa produção bancada pelas organizadoras
do evento – dona Dalva recebeu cumprimentos do governador, foi abençoada pelo
arcebispo, fotografada pelos repórteres e acompanhada da fina flor da
sociedade, dona Dalva estava em seu esplendor.

Quando a cerimônia já ia começar, ouviu-se um grito
forte na entrada do clube

– cadê o dinheiro pra pagar o táxi, cambada de
burguês? Eu sou o dono da festa e tô chegando pra arrepiar!”. 

Era, sem sombra
de dúvida, o Chico da Silva. O paletó já estava sujo, os sapatos com respingos
de lama e ele não vinha só. Puxava pela mão uma rapariguinha, quase uma menina,
a cara pintada com exagero, os peitos grandes, prestes a saltar do decote
cavado, provocante. Vestia ainda uma minissaia, dessas que deixam a descoberto
o fundo das calças.

Ao notar o lugar solene em que era introduzida, com
aquela gente bem vestida e cerimoniosa, a moça quis recuar. Não conseguiu. O desarvorado
Chico lhe arrastou firme e ele teve que prosseguir rumo ao salão principal,
onde os discursos deveriam ter lugar. Dona Dalva mal podia acreditar no que
estava vendo. Então o safado do seu marido tinha a audácia de trazer para um
lugar daquele uma puta do farol, logo no dia em que ela estava tão bonita, tão
arrumada? Ah, mas isto não ficar assim, não. Se o Chico queria confusão ia ter,
e da grossa.

E passando das palavras à ação, a destemida Maria
Dalva, que era natural de Salvador, rodou a baiana. Partiu para cima da
ninfeta, atingindo-a com um murro na cara. A pequena, escolada nas escaramuças
do Farol do Mucuripe, não foi apanhar sozinha e se atirando, em pulo felino,
atingiu com a cabeça a pança de dona Dalva que caiu para trás.

As duas se enroscaram pelo chão como se fossem duas
serpentes ferozes dos quadros do Chico e, ante o espanto das autoridades civis,
militares e eclesiásticas, derrubaram os cavaletes da exposição, e com eles as
telas, num turbilhão de safanões, pernadas e palavrões. No seribolo armado, não
se sabia quem ganhava ou perdia, quem estava em cima ou embaixo. As dondocas
soltavam gritinhos histéricos, corriam espavoridas, desarmando as cabeleiras
enlaquezadas, enquanto o pau comia entre as duas suburbanas.

No fim, contidas a custo por oito seguranças, as
mulheres estavam em frangalhos, riscadas de unha e sangrando pela boca. O clube
parecia que tinha sido atingido por um desses ciclones tropicais: mesas
viradas, telas rasgadas, cavaletes transformados em espetos. Nem nos mais
ferozes arranca-rabos do Pirambu se vira coisa igual.

Apesar dos escândalos e da vida desregrada que levava,
Chico da Silva continuava a ser uma importante referência cultural no Ceará. Várias
foram as tentativas para reabilitá-lo. Em 1974 o governo do Estado e a
prefeitura de Fortaleza lhe deram uma bonita casa-atelier, na recém-inaugurada
Avenida Leste-Oeste. Em 1975 o Grupo Mercantil São José presenteou-o com um
automóvel. Por esse tempo foi feito um documentário sobre sua obra e sua
história pelo cineasta Pedro Jorge de Castro.

Os jornais assediam-no sem parar. Suas entrevistas
fazem sucesso pelo inusitado. Ao Jornal do Comércio, de Pernambuco, ao ser
perguntado sobre sua temática, declarou: “eu pinto o cão, pinto a mãe do cão,
pinto a tia do cão e vou pintar o cão aqui pra todo mundo ver”. Recebe homenagens
de toda ordem: a medalha Anchieta, da Câmara Municipal de São Paulo, a medalha
da Abolição, maior comenda do governo do Ceará, e em 1983, uma pensão
vitalícia, de dois salários mínimos, do Estado. 

Chico+da+Silva Chico da Silva, Rei das Artes, da Cachaça e dos Dragões

Continua, porém, explorado por espertalhões e
mergulhado no vício. De vez em quando fica doido e quebra tudo em casa. Vangloriava-se
de bêbado, ter derrubado três metros de muro sem sentir nada. Dona Dalva já não
mais existia, morreu de sofrer. Chico despenca ladeira abaixo. Alterna internamentos
em hospitais com grandes bebedeiras. Uma vez quase morto, foi internado às
pressas pelo casal Heloísa e Haroldo Juaçaba, na Casa de saúde São Raimundo. Outras
internações se seguiram, sequenciadas por novas recaídas, até o desfecho final
no dia 06 de dezembro de 1985.

A Agência Terraço, produziu um belo texto em homenagem
a Chico da Silva, publicado em página inteira do Jornal Diário do Nordeste

“Neste Natal
A Familia Silva
Tem uma estrela no céu
Era um privilegiado,
Tinha sensibilidade para captar o invisível.
Artista,
Viveu numa estrada colorida
Entre o sonho e a realidade
Ingênuo – por ser bom – se perdeu na madrugada
E adormeceu no cansaço da desilusão.
Não passou pela vida despercebido.
A pureza-beleza de sua obra
Saiu dos limites do individual,
Transcendeu o universal
E alçou o lume das estrelas,
Glória maior de todo artista
Ele adotou esta terra
E não soubemos compreender a dimensão de seu gesto!”

Extraído do livro
– Sábado, Estação de Viver – histórias da boemia cearense

De Juarez Leitão 
fotos: Internt, O Povo, IBGE e Fortaleza em Fotos

 

Compartilhe com alguém

0 comentário

  1. PArabébs pelo belo trabalho de resgate da história da cidade de Fortaleza,Fátima .O nome Fortaleza, para nossa cidade, de longe faz jus ao nome! Infelizmente , se tornou uma fortaleza construida de areia, onde a bandidagem tenta desmoronar!

    Deus nos guarde dos homens maus !!

  2. Excelente texto, excelente site.
    Tomei conhecimento do site por acaso, fazendo uma pesquisa sobre a Fortaleza da década de 30.
    Parabens pelo trabalho, realmente excelente.

  3. Fátima…parabens!!! Excetente trabalho…viajo nesse blog.
    Moro em São Paulo, mas sou de Fortaleza… adoro história, adoro conhecer minha cidade e vibro com tuas postagens.
    Obrigada!!!

  4. Fátima fiquei encantado com o documento aqui exposto no site falando da vida e obra do grande mestre Francisco da Silva. Sou o proprietário dessa obra que está no blog e mais ainda minha admiração por ele quando a vi. Me coloca a disposição para contribuir mais com seu meio de informar a população e os cearenses, principalmente quando o assunto for arte. Sou arquiteto, colecionador de arte de pintores cearenses e galerista. Mais uma vez parabéns pelo belo trabalho e vamos juntos. Conte comigo, forte abraço. arq.juliomesquita@gmail.com

  5. TENHO DUAS OBRAS (QUADROS) DE JSILVA, NA SALA PRINCIPAL DE MINHA RESIDENCIA, EM NATAL/RN.
    SÃO DOIS QUADROS LINDOS (UM PEIXE e UMA AVE), DATADOS DE 1980 ADQUIRIDOS/COMPRADOS NO ANO
    DE 1999, EM UM ATELIER, EM FORTALEZA-CE.
    TENHO INTERESSE EM LEVA-LOS À LEILÃO CULTURAL.
    CONTATOS: AZEVEDO Cel(84) 3206-4399

  6. Natal 25 Jun 21

    Gostaria de conhecer os valores (preços atuais desses) em média dos quadros pintados pelo Chico da Silva….
    Ofertas podem ser enviadas para: AZEVEDO (84) 3206-4399

  7. Sou de Maceió e desconhecia a historia desse grande artista. Ontem assistindo o programa do Falcão onde foi falado sobre o Chico, tive hoje a vontade de saber mais. Parabens. Agora vou procurar sobre o documentário realizado sobre a obra dessa figura.

    Marcos Fernandes

  8. Ola Estou adquirindo algumas obras do Chico da Silva para um acervo particular. Caso tenha interesse em vender gentileza enviar email para creeledbrasil@gmail.com
    Colocar a foto da frente e verso do quadro, da assinatura, tamanho altura x comprimento e qual o valor gostaria de desfazer.

    Obrigado.

  9. Tenho duas obras de Chico da Silva, uma do Pavão e a outra do Peixe, compradas em Fortaleza,
    já faz mais de 42 anos e em excelente estado de conservação sem receber luz solar…
    Dependendo da oferta de negócio, posso me interessar sobre o assunto.
    Cordiais saudações
    VALDIR FARIAS DE AZEVEDO
    Natal-RN

  10. Lamentável gostaria de saber se Chico da Silva fosse seu pai vc iria fazer essa matéria nunca faça ao outro o que vc não queria que fizessem a vc.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Autor

mfgprodema@yahoo.com.br