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russas Russas
foto do site da Prefeitura Municipal de Russas



As terras que viriam a constituir o atual município de
Russas eram habitadas, à chegada dos primeiros colonos, por volta de 1690, por
tribos selvagens  que praticavam
terríveis devastações, com o intuito de desalojarem os novos moradores. Luciano
Cardoso de Vargas, médico procedente de Pernambuco, Francisco Ribeiro de Souza
e sua mulher, também daquela capitania, e Gaspar Rebouças Malheiro, oriundo de
Viana, Portugal, destacam-se entre os primeiros desbravadores da região.


russasA Russas
vista parcial da cidade na década de 50

Para que o nascente arraial pudesse mais eficazmente opor-se
aos ataques dos selvagens, Pedro Lelou construiu, em 1701, por ordem do governo
português, uma pequena fortaleza a que foi dada a denominação de Forte do
Jaguaribe. O local, também conhecido por Presídio do Jaguaribe, pela nova
denominação dada ao forte, chamou-se depois Presídio de São Francisco Xavier. O
povoamento intensificou-se em 1707, quando Cristóvão Soares Reimão iniciou a
construção de uma capela e a demarcação de terras, destinando na concessão
feita a Gregório Gracisman de Abreu “meia légua de terra para a residência do
pároco”. Erguida em 1709, a casa de orações, com aparência de igreja, no local
onde hoje está a matriz, passou a denominar-se Casa de Nossa Senhora.

cidade+de+russas+antiga+catedral+metropolitana Russas
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Rosário 

cidade+de+russas+av+dom+lino+dec+50 Russas
Avenida Dom Lino década de 50 (arquivo Nirez)


Entretanto, havendo sido retirada a antiga fortaleza,
verificaram os moradores a necessidade de substituir o nome do lugarejo. Tendo
em conta que o local onde ficava o templo era o ponto de maior convergência dos
que residiam nas cercanias, deram-lhe a denominação de Sítio da Igreja. Posteriormente,
levando em consideração a circunstância de situar-se o templo na sede do maior
núcleo da região, banhado pelo riacho Arahibu, de há muito conhecido  pelo nome de riacho de Russas, deram-lhe seus
moradores a denominação de Capela das Russas. E em substituição ao topônimo
Sitio da Igreja, o de Vila das Russas, numa antecipação ao ato administrativo
que só no alvorecer do século XIX viria a efetivar-se.


russas1A Russas
vista parcial da cidade – década de 1950  


Em 1735 o povoado contava algumas centenas de habitantes e
possuía casario de beira e bica, paredame de tapume e chão de terra batido.
Nesse ano criou-se a freguesia, desmembrada do Aquiraz, por provisão do bispo
de Pernambuco . Benedito A. dos Santos, do Instituto do Ceará afirma que em 12
de setembro de 1798, os moradores do julgado de Russas fizeram uma
representação ao capitão-general e governador de Pernambuco, pedindo a criação
da Vila, mas sobreveio a separação de Pernambuco e somente na administração do
governador do Ceará, Manuel Bernardo de Vasconcelos, foi criada a Vila com o
nome de São Bernardo do Governador. A inauguração da Vila foi marcada para o
dia 6 de agosto de 1801, ao toque de sino e pregão do meirinho geral de
correição.  Miguel Moreira dos Anjos no lugar
do pelourinho, foi inaugurada a vila com a denominação de São Bernardo de
Russas.


russas2A Russas
Rua do Comércio – década de 1950

russas3A Russas

Elevado à categoria de cidade e sede municipal com a
denominação de Russas, pela lei estadual nº 169, de 31-03-1938, retificado pelo
decreto-lei estadual nº 378, de 20 de outubro de 1938.
Em divisão
territorial datada de 18 de agosto de 1988, o município é constituído de 6
distritos: Russas, Bonhu, Flores, Lagoa Grande, Peixe e São João de Deus. Assim
permanecendo em divisão territorial datada de 2005.

russas+d%C3%A9cada+de+1980 Russas
Russas, década de 1980 (arquivo Nirez)

Localização:
zona fisiográfica do sertão do Baixo Jaguaribe, na margem esquerda do riacho
Arahibu, braço do Rio Jaguaribe.
Limites: Beberibe,
Palhano, Jaguaruana, Quixeré,  Limoeiro
do Norte e Morada Nova.
Altitude: 60
metros de Altitude
Área:  1.591,281 km²
Acidentes geográficos:
os seus principais acidentes são: a Serra de Apodi, com cerca de 500 metros de
altitude e no serrote de Palpina com 200 metros; rios Jaguaribe, Palhano e
Quixeré são os principais, além de numerosos riachos, lagoas, açudes e pequenas
barragens. O solo é coberto de capoeiras, cerrados, matas e carrascos, além de
extensos carnaubais.
População
Recenseamento Geral de 1950: 34.077 habitantes – 16.745 homens e 17.332
mulheres
                          Censo de
2010: 69.833 habitantes – 34.405 homens e 35.428 mulheres
Distância da
capital: 165 km
  
fontes:
Enciclopédia dos Municípios Brasileiros
wikipédia

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