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cordel+Literatura_de_cordel Literatura de Cordel
A
literatura de cordel é assim chamada devido a forma como os folhetos são
vendidos, pendurados em barbantes.  São mais comuns em cidades do
interior, principalmente do Nordeste brasileiro

Apesar das novas e sofisticadas tecnologias de comunicação,
o povo no Ceará ainda dá mais crédito e um bom folheto de versos, Literatura de
Cordel, como chamam os estudiosos. Narrações metrificadas e rimadas, tendo por
tema histórias de amor e heroísmo, crônicas de casos intrigantes e misteriosos,
reportagens de fatos desastrosos e de feitos miraculosos, críticas de costumes,
gracejos, enfim, todas as infinitas facetas de fatos do cotidiano. No cordel,
tudo adquire um gosto especial.

cordel Literatura de Cordel

O folheto de cordel, na sua forma tradicional, mede
geralmente 11×16,5 cm, impresso em papel jornal. Sua capa confeccionada  em xilogravura ou clichês tipográficos,
contendo antigas estampas representa todo um ciclo de criações artísticas.
Até os anos 90 a venda do folheto de cordel, também ela,
assume uma expressão artística peculiar. Os vendedores (sendo ou não eles
também poetas) constituem-se verdadeiros atores e mestres na arte de narrar.
Perambulam por praças, mercados e feiras e esquinas movimentadas onde levantam
suas tendas, ou simplesmente abrem suas malas. Atraem seus fregueses contando,
muitas vezes em forma de canto, trechos dos folhetos do seu acervo.

cordel+trc3aas-cangalhas Literatura de Cordel

No passado, edições de cordéis chegavam a centenas de
milhares de folhetos. Hoje alcança um público muito maior devido ao alcance das
redes sociais e da rede mundial de computadores.
  Dessa forma, em várias regiões do Estado e
principalmente em Fortaleza, aparecem novos autores e ilustradores de capa. Através
deles, o cordel se mantém vivo e renovado.
 

cordeis+klevisson Literatura de Cordel


Nos anos 60 Juazeiro do Norte foi sede da maior editora e distribuidora de literatura de cordel do país, a Tipografia São Francisco, de José Bernardo da Silva, que foi sucedida pela Lira Nordestina, editora dirigida pelo poeta Expedito Sebastião da Silva, também na terra do Padre Cícero. 

extraído do livro O Ceará dos anos 90 – Censo Cultural
Governo do Estado do Ceará – Secretaria da Cultura e Desporto

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