Fortaleza moça, embora comportada, gostava de festas. O
Carnaval, por exemplo. Em 1830, brincava-se o entrudo; cuias e mãos lançavam
água, zarcão e farinha de trigo nos passantes. Dessa maneira perdurou até 1880,
quando se limitou a água de cheiro, confetes e as serpentinas. O boticário
Ferreira, na Feira Nova, era conhecido folião.
Carnaval, por exemplo. Em 1830, brincava-se o entrudo; cuias e mãos lançavam
água, zarcão e farinha de trigo nos passantes. Dessa maneira perdurou até 1880,
quando se limitou a água de cheiro, confetes e as serpentinas. O boticário
Ferreira, na Feira Nova, era conhecido folião.
O carnaval se fazia também pelos
papangus, mascarados que cirandavam nas ruas. As fantasias alugavam-se na loja
do Areias, à Rua da Palma. Quase todos optavam pela fantasia de dominó, espécie
de batina com capuz, ornada de guizos e de cores variadas. Os maracatus também
ensaiavam aparecer. Formados só de homens vestidos de mulher, saias brancas e
cabeções de renda, traziam o corpo e o rosto pintados de preto. Não dançavam,
andavam lentamente.
papangus, mascarados que cirandavam nas ruas. As fantasias alugavam-se na loja
do Areias, à Rua da Palma. Quase todos optavam pela fantasia de dominó, espécie
de batina com capuz, ornada de guizos e de cores variadas. Os maracatus também
ensaiavam aparecer. Formados só de homens vestidos de mulher, saias brancas e
cabeções de renda, traziam o corpo e o rosto pintados de preto. Não dançavam,
andavam lentamente.
foto do site: http://www.nacaofortaleza.com/bra/marace.htm
Havia uma outra espécie de maracatus imitando índios, com
tangas e cocares de penas. Marchavam num passo de dança selvagem, saltando para
todos os lados, abaixando-se e levantando-se bruscamente. Na década de 1890, o
carnaval é dos importados (pierrots, colombinas e arlequins).
tangas e cocares de penas. Marchavam num passo de dança selvagem, saltando para
todos os lados, abaixando-se e levantando-se bruscamente. Na década de 1890, o
carnaval é dos importados (pierrots, colombinas e arlequins).
Ruas e clubes
disputam o título de maior ostentação. No corso e nos salões desfilam vistosas
fantasias, cada um portava seu vidro de Cloretil, espalhando no ar ondas
perfumadas. Entre 1912 e 1930 os carnavais eram de extraordinária beleza e
grande animação. Na rua desfilavam caminhões artisticamente decorados,
imitando cisnes, gôndolas e navios.
disputam o título de maior ostentação. No corso e nos salões desfilam vistosas
fantasias, cada um portava seu vidro de Cloretil, espalhando no ar ondas
perfumadas. Entre 1912 e 1930 os carnavais eram de extraordinária beleza e
grande animação. Na rua desfilavam caminhões artisticamente decorados,
imitando cisnes, gôndolas e navios.
foto do livro Ah, Fortaleza!
O carnaval de luxo não se misturava com o
popular quando se encontravam nas praças. Na Praça do Ferreira cabia aos ricos
a exiguidade da Avenida 7 de setembro – uma alameda especialmente ajardinada –
pelo receio de contato imediato com os populares à solta por todo o restante do
logradouro.
fonte:
Revista Fortaleza, fascículo 9
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