Com a
entrada do Brasil no confronto mundial, os Estados Unidos instalaram bases em
Belém, Natal, Fernando de Noronha e Fortaleza – a costa Norte-Nordeste
constituía-se ponto estratégico de defesa para os Aliados, pela proximidade da África,
já ocupada pelos Alemães, e por possibilitar a patrulha do Oceano Atlântico.
de Fortaleza Voadora foi um avião bombardeiro quadrimotor construído pela
Boeing, durante a Segunda Guerra Mundial, para a Força Aérea dos Estados
Unidos. Era uma aeronave potente, de grande raio de ação, capaz de provocar
grande destruição em alvos inimigos e com grande capacidade de autodefesa.
final de construção, foi prematuramente inaugurada por uma aeronave desse
tipo, que precisou pousar por se encontrar perdida em relação a sua rota
original. O sobrevoou deste avião de grande porte causou pânico em Fortaleza (foto wikipédia)
No
início de 1943, os norte-americanos iniciaram a construção de sua base na
capital cearense. Na então distante área onde hoje se encontra a bairro do
Pici, estabeleceram seu Posto de Comando, erguendo um aeroporto no Alto da
Balança, conhecido como Cocorote (denominação que vem da expressão inglesa The
Coco Route – a rota do Rio Cocó). Era grande o movimento de pousos e decolagens
de aviões e dirigíveis (blimps), planando nos céus da capital, patrulhando o
litoral contra submarinos alemães.
Os Acidentes
de alguns acidentes aéreos, todos envolvendo aviões B-24, que tinham Fortaleza
como ponto de partida ou de chegada. Esses fatos não foram divulgados pela imprensa.
O primeiro
deles ocorreu no dia 22 de janeiro de 1944, quando o B-24 comandado pelo
segundo tenente Henry A. Daum, se chocou com uma montanha a 25 milhas a
sudoeste de Fortaleza, por volta de 13 horas, em meio a muita chuva. Todos os seis ocupantes da aeronave faleceram.
Limitado nas
informações e pouco detalhista, o relatório da destruição da B-24 mostra que, provavelmente
o sinistro ocorreu nas serras existentes entre as cidades de Caucaia e São
Gonçalo do Amarante, facilmente visíveis para quem se desloca de carro pela
BR-222.
O segundo acidente
ocorreu na madrugada de 8 de fevereiro de 1944, quando o B-24H, pertencente a Esquadrilha 758, sob o comandado
do segundo tenente Daniel B. MacMillin, partiu em direção a Dacar, capital do
atual Senegal.
Naquela
época, segundo a documentação, cada avião que decolava de Fortaleza era
obrigado a enviar uma mensagem em código, em períodos de tempo pré-determinado,
para que soubessem que estavam em voo e qual era a sua posição. Nas três
primeiras horas a mensagem chegou, depois nada mais. O B-24 e seus dez
tripulantes desapareceram. Os documentos apontam que durante dez dias foram
realizadas missões de busca visual, mas nunca se soube o que ocorreu com esta
aeronave, ou com a sua tripulação.
mais documentado, ocorreu por volta da meia
noite e cinquenta do dia 28 de fevereiro de 1944, quando o B-24H, comandado
pelo segundo tenente Willian M. Brock Jr., decolou em direção a Dacar, mas
devido a problemas em um dos motores, fez uma volta para aterrissar e caiu.
número do avião com o registro de partida, foi descoberto que aquele B-24 foi o
último a sair da base naquela noite e o acidente ocorreu três minutos após a
decolagem. No local já se encontravam
viaturas e membros do Corpo de bombeiros de Fortaleza, para manter o fogo sob controle. Dez
tripulantes perderam a vida.
A influência yanque
influência cultural do american way of life já se fazia sentir no Ceará desde
os anos 1920 em oposição ao estilo Belle Epoque, foi com e após a 2ª. Guerra Mundial
que o processo intensificou-se. Nisso desempenhou um papel preponderante o
cinema hollywoodiano no país: astros e estrelas verdadeiros deuses de uma nova
mitologia, transmitiam ao povo brasileiro novos valores, novos hábitos, e
comportamentos, fosse no modo de vestir, cortar os cabelos, comer, beber e no
relacionamento entre pessoas.
inspirado no modo de vestir dos americanos, que os cearenses passaram a usar silaque, uma camisa de tecido
leve, própria para o clima quente – ate então predominavam os paletós de linho
branco irlandês ou de casemira inglesa – aumentaram o interesse pela língua inglesa,
quando surgiram vários cursos de inglês na cidade, e substituíram o vidro por objetos de plástico.
das mudanças de costumes foi a diminuição do preconceito das elites para a
popular cachaça, vista como bebida de desclassificados. A polícia criava
restrições à venda de aguardente nas bodegas, não permitindo a comercialização
depois das 18 horas e nem periodo de carnaval.
quando iam ao centro de Fortaleza, especialmente aos cafés da Praça do
Ferreira, em busca de “bebida forte”, ao não encontrarem uísque, bebiam cachaça
misturada com Coca-Cola. As elites locais logo aderiram a moda, bebendo aberta
e socialmente, eliminando o preconceito contra a cachaça, e consumindo a
Coca-Cola, não por acaso, um dos símbolos do capitalismo, vindo da terra dos
valorosos combatentes.
pesquisa:
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Nossa, muito bom! Parabéns Fátima Garcia pelo excelente trabalho!!
obrigada Thiago!
QUE LEGAL, MORRIA E NÃO SABIA DISSO, NÃO EXITE HISTORIA DO CEARA NAS ESCOLAS, TUDO O QUE REALMENTE APRENDI E APRENDO É PESQUISANDO NA INTERNET E EM ALGUNS LIVROS, PARABÉNS.!
não existe mesmo, Romulo Holanda, passamos anos na escola aprendendo sobre a história do mundo mas nada sabemos a respeito da nossa própria história. Grande contradição.
abs
SIM LEMBRO QUE NO PRIMARIO ELES METIAM ALGUMAS POUCAS COISAS DA HISTORIA LOCAL NA GRADE MAS HOJE EM DIA TEM ATE CIVILIZAÇÃO DO GANGES CATAI ETC PRA ESTUDAR E ANTES JA TINHA A ISLAMICO ARABE ETC UM CAPITULO PRA CADA UMA EUROPA ENTÃO SABEMOS DO CARLOS MAGNO DO EGIPTO AS PIRAMIDES TEMOS DE ESTUDAR O EUFRATES ANTIGO E QUANDO ESTUDA-SE HISTORIA DO MERDIL MUITAS VEZES É ESCRITO POR AUTORES DA ZONA ALOGENA QUE DÃO POUCO FOCO A ZONAS ESPECIFICAS NO MAXIMO FALAM DE PERNAMBUCO COMO MAIOR CAPITANIA MAS NÃO MOSTRAM COMO ESSE COLOSSO SAIU DO TOPO E COMO OS GOLPISTAS DA ZONA ALOGENA ROUBARAM TUDO
Quanto às "moças coca-cola" alguem pode me informar algo?
Sobre as moças coca-cola : http://www.fortalezaemfotos.com.br/2014/11/quebrando-normas-e-padroes-vigentes-as.html
Como é bom saber mais da história do Ceará.
Muito bom
tive aulas sobre o assunto na fac,resolvi pesquisar e achei o teu artigo , muito bom mesmo , momentos de prazer e beleza por estes caminhosw da cultura , . gostaria decomprar livros , revistas , sobre o tema .
Morei no bairro Itaoca nos anos 60 , eu tinha 6 anos e ainda tinha muitos comentários da base velha , falavam dos horrores da gu e hoje vivo em belo horizonte mg , sinto muitas saudades da minha terr
Barreiras – Bahia também foi uma base Americana. Registros é o que não faltam. Kkkkkk
morei no bairro pici quando cheguei para mora la ainda tinha os campos da base velha onde hoje fica a ufc
Moro no Meireles onde hoje se localiza o campo do América, algumas pessoas dizem q tem esse nome era um campo de refugiados dos americanos, mas não sei se procede gostaria de saber mais sobre o lugar q eu moro
Texto mais puxa saco que eu ja li.