Ao desembarcar em Fortaleza nos idos de 1837 e 1838,
o missionário metodista norte-americano Daniel P. Kidder, fez uma observação
sobre o porto: … jamais constituiu
ancoradouro seguro, mas agora o porto está sendo completamente atulhado pela
areia do mar… e em ponto algum é fácil o desembarque devido as grandes vagas
que constantemente vão quebrar na praia…
ganhou esse nome porque o piso inicial de madeira precisou ser substituído por
uma estrutura metálica.
Um porto seguro para o desembarque de mercadorias e
pessoas sempre foi um problema para Fortaleza. O mar revolto comprometeu no
início da colonização seu posto de cidade portuária, e quando a cidade se
desenvolveu, dificultou o acesso às mercadorias. Este desembarque inseguro se
localizava ao norte da cidade, nas imediações de onde mais tarde seria construída a ponte
Metálica, na tentativa de facilitar as transações marítimas. Para tentar conter
a fúria do mar, foram construídos um píer e um muro de proteção para formar a
enseada no Poço da Draga, e depois a Ponte dos Ingleses.
Porto do Mucuripe. A construção que se arrastou por alguns anos devido a seu
alto custo, não vingou. A intensidade das marés aterrou o viaduto e o próprio
ancoradouro, o que levou ao abandono do projeto.
Enquanto isso, o embarque e desembarque de mercadorias eram feitos de modo precário: os produtos eram
levados em pequenas embarcações até os navios que ficavam a 900 metros da
praia. Geralmente chegavam molhadas e quem desembarcava não deixava de tomar um
banho salgado.
através da Associação Comercial, se opunham à construção do terminal do
Mucuripe, apesar de reconhecerem a precariedade do embarque no píer.
Depois a obra do porto do Mucuripe passou a ser uma
exigência da sociedade. Em 1929 o jornalista Demócrito Rocha registrou: “se o
problema do porto de Fortaleza tem a sua incógnita revelada de maneira tão
simples, a insolubilidade em que até hoje se perdurou vem apenas atestar a
curteza de vista de nossos administradores”.
O banco de areia e o quebra-mar incompleto
prejudicavam as transações comerciais reclamadas por uma cidade em crescimento.
O próprio comandante do Lloyd Brasileiro declarou na Associação Comercial que
reconhecia o agravamento da situação do comércio e da indústria do Ceará
proveniente da deficiência do porto do Mucuripe, que não atendia as exigências
dos transportes marítimos.
A morosidade das obras enriquecia o anedotário
popular, segundo o qual Fortaleza tinha três sinfonias inacabadas: a catedral,
o Cine São Luiz e o Porto do Mucuripe.
continuava a existir certa dificuldade de abastecimento de Fortaleza. Em 1948
os jornais da cidade chegaram a noticiar a possibilidade de faltar gasolina na
cidade, porque o navio não havia chegado devido ao entupimento do porto.
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