A Parangaba foi formada a partir de um aldeamento, também
chamado de missões, áreas em que se erguiam espécies de aldeias indígenas artificiais
– diferentes das aldeias originais dos
nativos – para onde os jesuítas conduziam e mantinham os índios da região, no intuito
de convertê-los ao catolicismo. A ideia era manter os nativos sob constante
vigilância dos padres, os quais deveriam funcionar como guias, para que sua
cultura ancestral fosse esquecida.
Quando os jesuítas foram expulsos do Brasil pelo Marquês de Pombal, já na
segunda metade do século XVIII, alguns aldeamentos foram transformados vilas.
Os jesuítas tiveram seus bens sequestrados e deixaram a administração das vilas
indígenas, que ficaram a cargo de diretores. A Lei do chamado Diretório Pombalino
era de 1758, mas foi implementada no Ceará no ano seguinte. A partir desse fato surgiram as vilas de
Viçosa do Ceará, Vila Nova de Soures, e Vila Nova de Arronches, em 1759. No ano
seguinte – 1760 – foi criada a Vila Nova de Messejana, e em 1764, as Vilas de
Monte-mor-Novo (Baturité) e Crato. Eram as chamadas “vilas de índios”. Três
dessas vilas ficavam nos arredores de Fortaleza: Soures (Caucaia), Arronches (Parangaba)
Messejana (Paupina).
lei n° 2, de 13 de maio de 1835; depois foi restaurado município pela lei n°
2097, de 25 de novembro de 1885, com o nome de Porangaba; uma nova lei, a de n° 1913, de 31 de outubro
de 1921, incorpora novamente o município à capital.
transporte de gado, com a estrada do Barro Vermelho-Parangaba, estrada que
ligava o bairro Antônio Bezerra a Parangaba; e a Estrada da Paranjana, que ligava a Messejana a Parangaba.
1920. Em janeiro de 1944 teve o nome alterado para Parangaba, por determinação
do Conselho Nacional de Geografia. Era
este o nome de antigo aldeamento dos jesuítas. (foto do site estações ferroviárias)
Com a inauguração da Estrada de Ferro de Baturité, em 1872, uma
estação de trem é instalada no ano seguinte, a Estação de Arronches, e
Parangaba estava ligada com a Capital. Em 1941, a malha ferroviária de Parangaba
é expandida com direção ao Mucuripe e em 1944 o nome da estação é alterado para
Parangaba. Esta estação é nos dias de hoje parte do metrô de Fortaleza.
Nos anos 1960, de acordo com o Guia Turistico da Cidade, publicado pela Prefeitura de Fortaleza, a a cidade
era dividida em Distritos, na conformidade da lei de divisão
territorial do Estado, a saber: Distrito Central, de Messejana, de
Parangaba e de Antônio Bezerra.
por Rodrigo Paiva e Fátima Garcia
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Sou moradora da Vila Peri e não encontro absolutamente nada sobre a historia do surgimento do bairro. Nem mesmo indicações.
Existe mesmo essa dificuldade, Ana Paula, tenho fotos de alguns bairros que não posso publicar porque nada sei sobre aqueles locais, e procuro e pesquiso e nada encontro. Talvez haja alguma informação nesses anuários que são publicados de vez em quando. Mass para descobrir isso, só fazendo uma pesquisa nessas publicações na biblioteca pública. Mas se eu encontrar algo, publico aqui.
abs
Fátima, poderia me encaminhar esse teu artigo por email? Curso Turismo na FLATED, e tenho que fazer um trabalho sobre o bairro onde moramos, com referencial bibliografico e opnião do aluno, no meu caso, Parangaba. De todos que estou lendo até em livros, o teu me é o que mais ajuda. talita_tlr@hotmail.com desde já te agradeço.
mandei p/seu email, Talita
Faltou citar o distrito de Mondubim… Abs.
Tem uma data em romano que está muito estranha, mostra " VVIII " nunca ouvi falar dessa.
Você já ouviu falar de um bairro chamado Gramació? Fica no atual Bom Jardim. Gostaria de saber sua história.