José Barros Maia, o Mainha, nasceu em Fortaleza em 19 de
abril de 1901, numa casa da Rua General
Sampaio, depois da Praça de Pelotas (atual Clóvis Beviláqua), filho
de Manuel Evaristo Maia, de profissão
ourives e joalheiro e Júlia Barros Maia. Ainda menino, seu pai mandou botar uma
banca na sua oficina, para que Mainha tomasse conta e aprendesse o ofício de
ourives. Mas o menino não ficou muito interessado, preferiu fazer o preparatório no Liceu e depois arranjou um emprego para fazer um
estudo do Açude do Orós, no cargo de desenhista.
os projetos de fachadas de Fortaleza. Na
época só existiam revistas técnicas, e foi por elas que o arquiteto adquiriu
seus conhecimentos no assunto.
Fortaleza. Projetou a reforma do Palácio do Governo, que nem chegou a ser
realizada. Seu primeiro grande trabalho foi a construção do primeiro pavimento
do Colégio da Imaculada Conceição. O mestre Domingos dos Reis foi convidado para
fazer o projeto do novo andar e Mainha fez o projeto desse trabalho e mais uma
escada interna, para as alunas do colégio tirarem fotografias.
reforma de diversas igrejas de Fortaleza: a do Cristo Rei, a Capela do Colégio
Juvenal de Carvalho, a Igreja de Nossa Senhora das Dores. Mainha também
participou da construção de ginásios, como o do Grupo Escolar Juvenal de
Carvalho, em 1925/26. O prédio sofreu muitos acréscimos depois.
Trabalhou
igualmente na Ponte dos Ingleses, como desenhista. A ponte foi projetada pelo
engenheiro inglês Ivan Coop. O Superintendente do serviço era J. H. Kirwood.
Mainha entrou no projeto que era empresariado pela Norton Griffiths and Co.
Ltd, e saiu como revisor técnico, isto é, como responsável técnico da
construção da ponte. Entre 1923 e 1924,
o presidente Artur Bernardes suspendeu
os trabalhos. Bernardes supervisionou todas as obras do nordeste,
deixando os funcionários com três meses de atraso salarial.
Datadas do início do século XX, estas peças são a marca registrada deste prédio
histórico. (foto do blog da diversão)
projetada por Mainha para servir de residência ao Senador Fausto Augusto Borges
Cabral, sendo inaugurada em novembro de 1951.
por dentro e por fora o frenético processo de transformação da capital por todo
o século XX. Contribuiu de forma indelével para a feição que Fortaleza foi
incorporando nestes admiráveis tempos modernos, pois foi ele o autor de várias
obras arquitetônicas que desenharam o rosto que Fortaleza tem e que não para de
ser retocado.
expressivas de nosso passado, lugares da memória afetiva da Cidade,
desaparecerem pelo descaso dos poderes públicos e privados para com o
patrimônio histórico de Fortaleza. Mainha, pelo profundo conhecimento que
detinha do espaço social urbano, sabia das graves consequências que pairam
sobre uma sociedade que olha para si e não se reconhece mais.
e da alma de Fortaleza, faleceu no dia 9 de agosto de 1996, aos 95 anos de
idade.
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