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Rua da Misericórdia, onde residia Rocha Lima, numa casa em frente ao Passeio Público

A Academia Francesa surgiu a partir das ideias absorvidas
por Rocha Lima a partir da Escola de Recife, onde estivera em 1871, na fase
crítica e filosófica preconizada por Tobias Barreto. De volta ao Ceará, em
1872, Rocha Lima Tratou de fundar um centro cultural de onde pudesse divulgar a
nova doutrina.  Tinha por objetivo
disseminar o Positivismo no Ceará.  Os
sócios fundadores  da Academia Francesa –
movimento intelectual de cunho filosófico e literário – foram além de Raimundo Antônio da Rocha Lima,
Capistrano de Abreu, Araripe Júnior, João Lopes e Amaro Cavalcante; fizeram
parte – Clóvis Beviláqua e Tomás Pompeu de Souza Brasil. As reuniões aconteciam na residência
de Rocha Lima, localizada em frente ao Passeio Público.

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 Capistrano de Abreu, um dos fundadores da Academia Francesa

Além da tribuna que explorava a questão religiosa, organizavam-se
conferências contra o Clero, abalando a opinião católica. Em 1874 criou-se a
Escola Popular, para os pobres e operários – em aulas noturnas nas quais eram
agitadas as questões tratadas pelo movimento. Instalou-se na Rua Conde D’Eu  n° 98. 

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 Rua Conde D’Eu, onde em 1874 passou a funcionar a Escola Popular

No mesmo ano foi inaugurado o curso de História Universal,
pelo Dr. Pompeu Filho. Na imprensa teve o Jornal Fraternidade como órgão de
publicidade, em cuja redação se distinguiram João Lopes, Rocha Lima e Pompeu
Filho.
Em 1875, o agravamento da luta a favor da Maçonaria e contra
o Clero, determinou a extinção da Academia Francesa. O jornal Fraternidade
também foi extinto na mesma data.
Os principais trabalhos oriundos da Academia Francesa: o
Livro Crítica e Literatura, de Rocha Lima; dois ensaios de Crítica Literária,
de Capistrano de Abreu e Épocas e Individualidades, de Clóvis Beviláqua, além
da coleção do Jornal Fraternidade.

Fonte:
Caminhando por Fortaleza, de Francisco Benedito
fotos do Arquivo Nirez

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Autor

mfgprodema@yahoo.com.br

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