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Primeiro chegaram os bioscópios, uma espécie de lanterna mágica que projetava na tela imagens estáticas. O introdutor da novidade foi um italiano chamado Pascoal, que instalou a máquina na Rua Barão do Rio Branco.
Dado o êxito obtido, vários bioscópios foram instalados em diversos locais da cidade: um na Rua Major Facundo, outro na Praça do Ferreira, outro no antigo prédio do Clube Iracema e mais um no Beco das Trincheiras, esquina com a Rua Senador Pompeu. (Beco das Trincheiras era a antiga denominação da Rua Liberato Barroso).

kinetoscopio3 A chegada do cinema à Fortaleza

kinetofone, ano de fabricação 1914 – imagem: http://www.answers.com/topic/kinetoscope-2#
Tempos depois, apareceu o kinetofone, que era uma combinação do bioscópio com o gramofone. O novo equipamento foi armado no teatro José de Alencar, e fez um sucesso retumbante.
Em 1907 chegava a Fortaleza o italiano Vitor di Maio, trazendo o animatógrafo, montando-o na Rua Guilherme Rocha. A partir daí teve inicio a fase de prosperidade do cinema em Fortaleza. No caminho aberto por Di Maio, outros cinematógrafos surgiram: em 1909, Henrique Messiano inaugurou o Cinema Rio Branco, na rua do mesmo nome; na mesma época Julio Pinto abriu o Cassino Cearense, na Rua Major Facundo. Eram exibidos filmes extraordinários como O Conde de Monte Cristo e a Dama das Camélias, este último, foi exibido quase trezentas vezes. Durante a apresentação dos filmes que eram mudos, um pianista tocava as músicas da moda.

cine+majestic A chegada do cinema à Fortaleza

O Majestic Palace ficava na Praça do Ferreira – foto reprodução
No ano de 1917 anunciava-se em Fortaleza a inauguração de mais uma casa de espetáculos: O Majestic Palace, de propriedade de Plácido de Carvalho.
O Cine Majestic tinha uma sala de projeção que também era teatro, toda em ferro, como o Teatro José de Alencar. Tinha 650 cadeiras no distribuidas no térreo, nos dois andares, onde ficavam os camarotes e na geral.
O Cine Majestic funcionou até 1968, quando foi consumido por um incêndio que destruiu a sala de projeção.
Fontes:
Menezes, Raimundo de. Coisas que o tempo levou: crônicas históricas da Fortaleza antiga. Fortaleza: Edições Demócrito Rocha, 2000.
Azevedo, Miguel Ângelo de. (NIREZ) Índice Analítico e Iconografia da Cronologia Ilustrada de Fortaleza: roteiro para um turismo histórico e cultural. Fortaleza: banco do Nordeste, 2001.

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