A Praça General Tibúrcio, no centro de Fortaleza, é um dos
logradouros mais antigos da cidade. Sua fundação remete aos meados do século
XIX, quando em 1847 o governador Inácio de Vasconcelos mandou construir no
então largo do palácio, uma muralha de contenção, com gradil de ferro,
escadarias e outros equipamentos. Em
1913, o Intendente Ildefonso Albano alinhou o terreno da praça, mandou recompor
a muralha para colocação de balaustrada e jarros. O lugar ganhou combustores para iluminação a gás carbônico,
no mais belo estilo francês, foi ajardinado, e passou a exibir os famosos leões
de bronze, vindos da Franca, tão marcantes que mudaram o nome da Praça, que
passou a ser chamada popularmente de Praça dos Leões.
e equipamentos localizados no seu entorno são tão ou até mais antigos do que o próprio logradouro, como a Igreja do Rosário, construída no Século XVIII.
A monumental escadaria dá acesso a praça no cruzamento da
Rua Conde D’Eu com a Visconde de Sabóia. Bela balaustrada, jarros de ferro,
leão em luta com a serpente e o brasão de armas da cidade.
foi feita à mão, pelos negros da Irmandade de Nossa Senhora dos Pretos, numa
época em que havia separação de raças e classes sociais em templos religiosos, e o local da construção era ermo e considerado afastado da vila.
entre 1821 e 1854, enquanto se reconstruía a Catedral da Sé (Igreja de São José).
Na Igreja do Rosário aconteciam missas,
eleições e enterros. Em uma de suas paredes está sepultado o Major Facundo, de
pé voltado para o Palácio da Luz. É a igreja mais antiga de Fortaleza.
abril de 1888, fabricada em Paris, nas oficinas de Thibaul Fréres, em bronze,
está afixada sobre um pedestal de mármore, com 2,5 metros de altura, fabricado
por Frederico Skiner. Foi erigida em memória de Antônio Tibúrcio Ferreira de
Souza, general do Exército Brasileiro, herói da Guerra do Paraguai. Em 1952, os restos mortais do General Tibúrcio
foram exumados do Cemitério de São João Batista e depositados numa cripta na
base do monumento. Só por esse motivo, já deveria merecer mais respeito e atenção
por parte das autoridades do município.
Construído no final do Século XVIII, com auxilio da
mão-de-obra indígena. Era de propriedade do capitão-mor Antônio de Castro
Viana. Na época de sua construção era uma casa residencial, pequena e com a
frente voltada para a Rua do Rosário. Depois da morte do proprietário e estando
em débito com a tesouraria, o imóvel foi hipotecado e vendido à Câmara por 800
mil Reis. Para pagar o prédio, a Câmara criou um imposto que se chamava
Subsídio das Aguardentes, o qual consistia em pagar 4$000 por cada pipa de
aguardente importada que desembarcasse em qualquer porto do termo da vila, até
finalizar aquele pagamento, não se aplicando de forma alguma esse rendimento, a
qualquer outra despesa. Apesar de
pertencer à Câmara, quem de fato ocupou o imóvel foi o governador Barba Alardo
de Menezes (1808-1812). Em 12 de março, 26 de abril e 30 de junho de 1810, a
câmara oficiou ao governador, pedindo-lhe o prédio, uma vez que era necessário
que tivesse uma casa para suas sessões e guarda de arquivos. Como não obtivesse
solução a respeito, a Câmara fez uma representação ao Príncipe Regente,
queixando-se que o governador se apoderara da casa que lhe pertencia.
1819, recebeu um oficio do governador Manuel Inácio de Sampaio (1812-1820)
comunicando que fora aprovada por sua majestade a permutação feita pelo seu
antecessor, ficando para a câmara, a antiga residência dos governadores. De
posse definitiva do prédio, o Governo do Estado promoveu diversas reformas em
diferentes períodos. O imóvel ainda serviu de sede do Governo e residência do
Governador até 1963, quando a sede do poder estadual foi transferida para a Avenida
Barão de Studart.
1871. Foi idealizado para ser a Assembleia Provincial do Ceará, em pleno
Brasil-Império. O projeto em estilo neoclássico é do engenheiro Adolfo
Herbster. O Palácio Senador Alencar já foi ocupado pela Faculdade de Direito,
Biblioteca Pública, Tribunal Regional
Eleitoral, Instituto do Ceará e a
Academia Cearense de Letras. Atualmente abriga o Museu do Ceará. O imóvel foi tombado pelo IPHAN em 1973.
Construído em 1915, projeto de Rodolpho F. da Silva e
Filhos, propriedade da firma Frota e Gentil.
Em 17 de março de 1945 o imóvel passou a ser ocupado pelo Hotel Brasil o
preferido pelos deputados estaduais
residentes em cidades do interior. Com a mudança da Assembleia Legislativa e o
esvaziamento do centro, o Hotel entrou
em declínio. Em 1972 o prédio foi vendido ao grupo Jereissati.
Como todas as praças do centro, a Praça General Tibúrcio passa alternadamente por períodos de
abandono e restaurações.
No início de 1992, depois de nova reforma, a praça foi reinaugurada, com
novos bancos, iluminação, piso com pedras portuguesas e restauração do jardim e
do monumento ao General Tibúrcio. Em dezembro de 2005, foi inaugurada a estátua de Rachel de Queiroz, trabalho do artista plástico Murilo de Sá Toledo.
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